Por mais esforços que se faça,
nunca chegarei ao teu coração.
Nenhuma cor apagará o cinza,
que escolheste para afastar a paixão.
Minhas palavras flutuam no vento,
nada dizem aos teus pensamentos.
São ecos vazios que apenas vagam,
e da sua memória logo se pagam.
Meus olhos nunca fitarão os teus,
enebriados por outra sedução.
Ficarei apenas com a imagem dos meus,
sedados em total ilusão.
Para ti sou personagem temporária,
existente em páginas raras.
Para esquecer basta fechar a capa,
e só abrir quando a leitura se fizer necessária.
Mas é tempo de adqurir pó,
desistir de ser eco ou ilusão.
Hoje é o momento de se ser só,
para que eu recobre a razão.
Não desisto por medo ou covardia,
mas sim por um ato de coragem.
Talvez eu não seja boa companhia,
ou por que cansei de ser miragem.
Lucia
Nenhum comentário:
Postar um comentário