Sentindo o frio na pele
Como navalha afiada a cortar.
Perdida num canto
Permanece a pensar.
A lã a aquecer-lhe o corpo como segunda pele
E na face anseios que não pode negar.
Tem os olhos negros como a noite
Que insistem em mares navegar.
A imagem que tece protagoniza
Um filme que não quer mais encenar,
Mas não esquece que nele
Há sempre o seu lugar.
Sua cegueira a impossibilita de captar
Que há possui outros sentidos que
A torna capaz de enxergar e
Somente sua essência pode ajudar.
Talvez o inverno passe
E em outras estações possa notar
Que a vida é um instante
Com tempo para acabar.
Lucia
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