Triste ser casulo e o florescer do dia perder,
viver de imaginação sem que se possa tocar,
ter consciência, mas sem coragem para voar.
Sentir o alar da borboleta livre no ar
sem poder ver as cores da sua asa a plainar
sobre lindas flores que poderiam me enfeitar.
Sonhar com o calor do sol e a brisa leve em seu acariciar,
perceber que tenho asas presas no lugar
enquanto lá fora existe um mundo decores a me esperar.
No balanço do viver apenas o escuro conhecer,
ter nas pontas dos dedos os olhos de ver,
mas sendo sempre casulo desde o amanhecer.
Lucia
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