uma andarilha sem rumo
tem como vestes a noite
e como companhia a lua.
Sente o desejo aproximar
ouvindo o uivar do vento
e num bruto soprar sua pele apalpar.
A boca se faz faminta do mel
e os olhos de ver o céu,
as mãos trêmulas afagam o nada
que encharcado pelo sereno da madrugada
faz da noite quase dia
e da lua uma sombra iluminada.
O vento agora tranquilo
começa a se distanciar,
e seu canto de longe
a andarilha vai ninar.
Lucia
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